terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ferramentas digitais para jornalistas investigativos e profissionais de Inteligência



Os jornalistas investigativos muitas vezes olham para os números para apoiar ou alimentar suas reportagens, mas os dados que eles precisam nem sempre podem ser encontrados em uma planilha organizada ou reunidos diretamente de uma fonte.

"Como jornalista, obviamente, sua principal ferramenta é falar com as pessoas, é ser capaz de fazer as perguntas certas para as pessoas certas", disse Friedrich Lindenberg, bolsista Knight do ICFJ (Centro Internacional de Jornalistas), em um webinário sobre ferramentas digitais para o jornalismo investigativo. "Isso ainda é verdade em muitos aspectos, mas agora você pode fazer as perguntas certas usando os bancos de dados corretos. Você pode fazer as perguntas certas usando as ferramentas certas."

O webinário, realizado pelo ICFJ Anywhere e Dow Jones Foundation, ajudou a resumir esta lista sempre crescente de recursos para os jornalistas, explorando ferramentas que simplificam maneiras de pesquisar documentos laboriosos e transformar PDFs em dados fáceis de visualizar.

Analise, pesquise e publique documentos
DocumentCloud permite ao usuário rastrear onde e quantas vezes pessoas ou empresas aparecem em documentos, tornando-se um serviço útil para vasculhar documentos judiciais ou coletivos, disse Lindenberg. Ao invés de olhar mais de 200 páginas de informação, os repórteres podem passar diretamente para as áreas do documento sobre a pessoa ou empresa em questão.

Órgãos de imprensa e jornalistas têm utilizado a ferramenta para examinar e divulgar tudo, desde documentos do WikiLeaks, a contratos da cidade, a relatórios, e memorandos raramente vistos.

Você pode usar DocumentCloud para:
- Pesquisar outros documentos lançados publicamente por organizações de notícias
- Visualizar documentos de forma privada 
- Compartilhar documentos com o público, ou outros repórteres
- Adicionar notas aos documentos, comentando ou destacando passagens
- Incorporar partes do documento diretamente em seu artigo de notícias online
A ferramenta começou como um projeto conjunto entre a ProPublica e o New York Times, mas agora é gerido pelo grupo Investigative Reporters and Editors. Para usar a ferramenta, você precisa ser membro de uma organização de notícias.

Lindenberg e o Code for Africa estão desenvolvendo uma ferramenta similar chamada sourceAFRICA, e ele está disposto a deixar você experimentá-lo (o DocumentCloud é de fonte aberta, para que outros possam usar o seu código para criar produtos idênticos). Por isso, Friedrich incentivou que jornalistas interessados em utilizar o serviço simplesmente enviem um e-mail para ele (friedrich@pudo.org). 
O bolsista também recomendou a ferramenta Overview, que organiza as informações em seus documentos, contando a frequência com que palavras ou temas aparecem em textos. Você pode marcar semelhanças que encontrar e criar visualizações com base na informação. Qualquer um pode usar a ferramenta de importação de documentos do DocumentCloud, ou carregar PDFs de maneira direta.

Saiba mais sobre as empresas
Se você está investigando uma determinada empresa e precisa encontrar mais informações, experimente o OpenCorporates. O sistema de banco de dados gratuito permite ao usuário pesquisar cerca de 55 milhões de empresas registradas em mais de 75 jurisdições. Usando esta ferramenta, você também pode ver se um diretor é proprietário de outras entidades além da sua empresa principal.
Se você estiver no Reino Unido ou cobre os negócios de lá, você também pode tentar DueDil. É semelhante a OpenCorporates, mas é utilizado especificamente para empresas no Reino Unido.
E caso queira se aprofundar em contratos, vá para o Investigative Dashboard. Nele, é possível encontrar onde certos governos fazem negócios com empresas privadas, e investigar quem possui certas propriedades intelectuais. Também pode encontrar links para bancos de dados online adicionais com informações sobre empresas, e quem são os diretores.
A melhor parte sobre o Investigative Dashboard, Lindenberg acrescentou, é que você pode interagir com outros seres humanos que usam sua mesa de pesquisa. Se, por exemplo, parte de sua reportagem é baseada em outro país, pode pedir aos jornalistas e pesquisadores daquela pátria para fazerem investigações adicionais que você não pode fazer à distância.

Obtendo dados
Chamando-o de "porta de entrada para o jornalismo de dados", Lindenberg recomendou Tabula para ajudar a extrair dados de PDFs. Essa ferramenta consegue tirar estatísticas e tabelas de documentos longos, e também permite converter uma tabela de dados em PDF  em uma planilha onde você pode ver as fórmulas por trás dos números finais.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Logotipo do satélite espião dos EUA imita super-polvo vilão gigante do espaço que envolve a Terra em charge de propaganda anticomunista

                     Spytopus

Over the past couple of years, the world has been made very aware of the of various governments’ tendrils of espionage. Just yesterday, we learned that the NSA and other intelligence agencies teamed up to spy on World of Warcraft and Xbox Live, demonstrating the lengths that those agencies would go to gather intelligence. Like the internet’s infamous rule 34, at this point we should just all assume that if something is able to be spied on, some government somewhere is spying on it. Perhaps the US government isn’t hiding its intent anymore, because it slapped an image of a space octopus eating our planet on a new spy satellite.
The new surveillance satellite, launched by the National Reconnaissance Office last Thursday, features the ominous, world-eating space octopus, seen below.
              NRO octosatellite
While the logo of an octopus wrapping its tentacles around the globe — complete with the text “Nothing is Beyond Our Reach” — may seem like a patch a supervillain would sew onto the jumpsuits of his henchmen, the NRO sees it differently. Talking to Forbes, a spokeswoman said the satellite is “represented by the octopus, a versatile, adaptable, and highly intelligent creature,” going on to say that tentacles symbolize being able to reach the country’s enemies no matter where they’re located.
Even if the satellite has an angry-looking space octopus as its chosen symbol, the launch was a sight to behold.

Ars Technica commenter, PsionEdge, pointed out that the imagery used on the satellite is quite similar to communist-related propaganda, seen below.
               Octommunist enemy
This symbol isn’t exactly making anyone feel better about the US government’s data collection intent. However, we all know governments spy, so they might as well own up to it. This symbol is a good start; maybe the next giant angry octopus will be painted green?