A inteligência competitiva, ou de mercado, no âmbito dos negócios de uma organização, deve ser percebida como eficaz se o esforço de captura, análise e interpretação de informações relevantes geram de fato ações dos executivos que recebem estas análises e informações. A inteligência tem sua missão alcançada quando ela consegue, através de uma forma contínua de captura e análise de informações, gerar vantagens competitivas sustentáveis. Caso o processo de monitoramento do ambiente de negócios não gere isso, é preciso verificar onde estão os gaps e necessidades de ajuste.
O fato de ter um processo de inteligência na organização é um excelente passo, mas a preocupação constante é com o que gera este processo e que utilização estão fazendo os executivos dos outputs deste processo. A Palm mantinha um processo de inteligência. A Polaroid manteve durante tempos um grande sistema de informações de marketing e por aí vai.
Não se chega a uma tese de doutorado, mas através de observações mais empíricas da atuação das áreas de inteligência em empresas brasileiras e multinacionais no Brasil, se consegue identificar que os executivos esperam das áreas e profissionais de inteligência:
- Geração de vantagens sobre a competição;
- Geração de cenários de futuro e os impactos se estes cenários se concretizarem;
- Execução de fluxo contínuo de informações e conhecimentos estratégicos sobre o ambiente de negócios;
- Suporte às decisões críticas da organização.
E ao mesmo tempo, observa-se que as áreas e profissionais de inteligência tem como prioridades e alocação maior de tempo:
- A captura e organização de informações;
- A tentativa contínua de captura de informações primárias junto às áreas da organização;
- Montagem e implementação de tecnologias de informação para processamento e cruzamento das informações;
- Compartilhando tempo com tudo isso, a análise de informações.
Quer me parecer que se este modelo e essas distribuições são as vigentes na sua organização, tenha cuidado para não frustrar as expectativas dos seus executivos.
Fonte: http://www.amanha.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7386:os-executivos-sao-realmente-atendidos-pelas-areas-de-inteligencia&catid=109:inteligencia-competitiva-por-eduardo-lapa&Itemid=171
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