quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Mensagem do Diretor, Montax - Relatório de Inteligência 2017


Desafios e Tendências do Paradoxal Brasil Agroindustrial em Plena Era Digital




Na Montax, aprendemos com os erros: Os nossos, dos clientes e dos nossos concorrentes. Com base neles, elaboramos um breve diagnóstico da situação geral da indústria brasileira, em especial da indústria da Inteligência, e apontamos desafios e tendências em 2017.

Situação geral da indústria da transformação no Brasil

Brasil sempre foi coadjuvante, nunca protagonista do mercado mundial. Um dos primeiros a agonizar quando as economias mais robustas entram em recessão. A crise atingiu a todos gravemente em 2016, ano de novo recorde de pedidos de recuperação judicial de empresas. 44,8% em relação a 2015.

Indústria manufatureira do Brasil acabou! A China, atual protagonista do mercado mundial e nosso maior parceiro comercial, trouxe o Brasil de volta à tradição de monocultura agroexportadora. 

Estrategicamente, China não compra manufaturas e ainda tenta reduzir o consumo de energia com a venda de softwares e design de produtos fabricados por meio de impressoras 3D, cujos produtos de plástico (petróleo) e energia elétrica ficam por conta do consumidor e dispensam logística, distribuição e importação de petróleo. E substitui combustíveis fósseis por energias “verdes” de smartbikes e carros elétricos. Só não descobriu como substituir comida, por isso transformou o Brasil numa fazenda. Agronegócio será a “salvação da lavoura”, literalmente. Explicamos essa estratégia chinesa na Análise de Conjuntura “Incentivos da China no Setor Primário podem sabotar o desenvolvimento do BRICS”, publicada no jornal do concorrente Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais (CEIRI)[1].

Ignorando essas mudanças econômicas globais, alguns analistas insistem em atribuir o fracasso da indústria brasileira às questões políticas nacionais, como se as demais economias do planeta não estivessem atravessando os mesmos problemas econômicos.

O Brasil ficou ainda mais paradoxal, um gigante de economia agroindustrial em plena Era Digital.



Ou a indústria brasileira digitaliza de uma vez por todas seus processos produtivos – inclusive marketing, segurança e compliance - ou vamos erodir face à concorrência global que chega via smartphone.

Situação da Atividade de Inteligência empresarial brasileira

Como a maioria esmagadora das empresas que prestam serviços à cadeia de produtos e serviços da indústria do petróleo, o faturamento da Montax despencou. Pagamos caro pelo enfoque setorial e regional: Indústria do petróleo no Estado do Rio de Janeiro. Fomos prejudicados mais pela “queda” do preço do barril de petróleo que pelos efeitos da Operação Lava Jato.

Vimos organizações realizar campanhas de marketing desesperadas, ineficazes. Mas, também assistimos à algumas companhias se adaptar à nova economia, com Inteligência.

Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Santander, os seis maiores bancos nacionais em Valor de Mercado, perceberam que a crise era grave e investiram na Atividade de Inteligência em 2016. Bancos buscam sustentabilidade, prevenção de perdas e recuperação de ativos. Demonstramos esses fatos com precisão em nosso artigo “A Grande Depressão (2016)




Leia o livro Inteligência & Indústria – Espionagem e Contraespionagem Corporativa, um Manual de Guerra Econômica a partir de conceitos da Inteligência Militar e Inteligência Competitiva (IC).






















De volta à indústria da Inteligência, Montax teve que reavaliar custos fixos e buscar novos fornecedores, ações bastante promissoras. Deixamos a máquina mais "enxuta" e “azeitada”. Enfatizamos fornecedores digitais, preferentemente os mais afastados das metrópoles, de preços competitivos e melhor atendimento. Como a consultoria RCF – Recuperação de Créditos Fiscais que nos ajudou com a reestruturação contábil e tributária, por exemplo. Na cadeia de valor, trocamos mão-de-obra por softwares robôs. Tivemos que adotar uma Estratégia de Sobrevivência. Somos gratos aos antigos fornecedores e colaboradores, e ao Sindicato dos Empregados de Empresas de Informações e Pesquisa do Município do Rio de Janeiro (SINDAUT).

Os principais desafios da indústria da Inteligência permanecem os mesmos: Mão-de-obra escassa, custos fixos e despesas operacionais elevados, mercado altamente flutuante e concorrência predatória. As Big Four e outras firmas de auditoria contábil ou mesmo serviços jurídicos querem fazer parte do mercado de Inteligência & Investigações corporativas. E muitos ex-empregados viraram concorrentes depois de aprender técnicas conosco e nosso manual de treinamento, o livro “Inteligência & Indústria – Espionagem e Contraespionagem Corporativa”.

É a livre iniciativa, o livre mercado e a livre concorrência.

O lado bom da crise de 2016 foi o aprendizado. Para reduzir despesas e aumentar vendas, adotamos conceitos como “terceirização”, “digitalização”, “home-office”, “nuvem” e “escala exponencial”.

Foi assim que nosso departamento de P&D criou o Montax Big Data, um software robô investigador analista eletrônico multitarefa automático on-line, on-time, full-time 100% baseado em bancos de dados de domínio público (public domain information) e metadados em nuvem coletados instantaneamente de fontes abertas (open sources), como sites governamentais, cartórios judiciais, diários oficiais e listas telefônicas. É nosso Golem de Compliance & Mitigação de riscos. O mascote é um Polvo, símbolo da Atividade de Inteligência porque é animal multitarefa, com capacidade de aprendizado e realizar predições.
Montax Big Data pode acessar informações estratégicas, identificar provas e produzir insights antes impossíveis acerca de pessoas, empresas e ativos no Brasil. É Inteligência Artificial de Acesso à Informação Estratégica. A TI e AI aplicadas à consultoria de risco, compliance e segurança de negócios. O primeiro teste foi realizado com base no nome de uma figura pública, um Político famoso, e o resultado do Relatório de Inteligência Artificial nº 1 foi surpreendente:

Testes com nomes de pessoas e organizações de menor interatividade econômica, política e social geraram Relatórios de Inteligência Artificial com menor volume de dados e informação estratégica – alguns quase em branco -, porém, todos revelaram dados públicos que permitiram insights de segurança empresarial ou indícios da localização pessoal e patrimonial. Nada mal para um robô.

Saímos da zona de conforto e progredimos! Entramos na Era Digital.

Desafios e tendências das indústrias do Brasil

Ao mesmo tempo que fornece bens de consumo a preços baixíssimos impossíveis de competir, a China reduz as compras de petróleo. Continua comprando proteína animal e vegetal do Brasil, pelo menos. Estamos enfrentando tanto crise fiscal (governos) quanto crise de crédito (empresas). Ninguém tem dinheiro. Some-se a tudo isso tecnologias digitais disruptivas que ganham mercado, escala exponencial e erodem postos de trabalho... E eliminam empresas analógicas...  

Um bom plano para 2017?

Digitalizar produção, marketing e compliance. Produzir bens e serviços adaptados às vedetes da Internet das Coisas (IoT): Smartphones, smartbikes e impressoras 3D. Inclinar o marketing para o agronegócio[2]. Procurar fechar negócios com pessoas e organizações mais honestas, sustentáveis. Prevenir fraudes mediante consultas cadastrais e consultorias de risco.




Leia o livro Inteligência & Indústria – Espionagem e Contraespionagem Corporativa, um Manual de Guerra Econômica a partir de conceitos da Inteligência Militar e Inteligência Competitiva (IC).






















Ao mesmo tempo que aumenta a participação do mercado, a digitalização diminui despesas operacionais, fraudes e inadimplência. O tempo gasto com clientes tóxicos deve ser investido em negócios lucrativos, aqueles sem despesas legais, indenizações trabalhistas, fraudes e desperdícios.

Brasil deve se adaptar à nova economia e imitar a China, e não ser manipulado por ela. Procurar novos mercados com tecnologias digitais de alcance e escala globais. Na Era Digital, só se conquista isso com projetos de Internet. E as empresas nacionais devem corrigir seu core business para participar do único mercado interno realmente em expansão, o do agronegócio.

Você sabe que a nova economia é digital e globalizada, então, chega de colocar a culpa na política.

Como implementar essa estratégia?

1-       Com inovação! Criando tecnologias de produção e marketing voltadas ao consumidor da economia digital “verde”, como softwares robôs para smartphones, smartbikes e impressoras 3D. Ou ao menos substituir a cadeia de fornecedores analógicos por empresas digitais;

2-       Com marketing inclinado ao agronegócio, principalmente em cidades com vocação natural para plantio da soja. E, cruzando dados dos stakeholders, seu novo fornecedor do interior pode indicá-lo aos produtores rurais locais;

3-       Identificando empregados, fornecedores e clientes tóxicos, prejudiciais à sustentabilidade do negócio. Compliance bem feito por uma Central de Inteligência ajudam na prevenção de fraudes, perda de tempo e dinheiro.

Esse é nosso Relatório de Inteligência com desafios e tendências para 2017.


Marcelo de Montalvão, diretor




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Montax is a company offering Intelligence, Asset Searches & Investigations services with headquarters in Rio de Janeiro and researchers throughout Brazil. Montax provides national, foreign and global clients, with solid research and evidence to facilitate legal actions and other litigation support in judicial and regulatory proceedings.

Montax´s comprehensive reports helps search evidences and witnesses useful for the filing of lawsuits and admissibility of client´s arguments in corporate disputes — including background checks of competitors, while Montax’s forensics support services are essential to ensure successful submission of evidence and other testimony, including forensic accounting.





[1] A entrega de relatórios analíticos e de tendências gerais para a concorrência faz parte da estratégia de integração da indústria brasileira da Inteligência. Concorrentes nacionais podem ser aliados. A cooperação enfraquece a concorrência estrangeira e fortalece o mercado nacional da Inteligência. N. do A.
[2] A equipe de Inteligência Estratégica das Organizações Globo também identificou essa tendência e se antecipou ativando a inclinação de seu marketing com a campanha "Agro é Tech, Agro é Pop, Agro é tudo". N. do A.

2 comentários:

  1. O governo deveria administrar bem o país em seu relacionamento com os outros e estabelecer condições para o progresso geral. Preparar as novas gerações para o século 21, http://vidaeaprendizado.com.br/artigo.php?id=1479

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  2. Brasil só será um player importante quando o Povo e o governo decidir pelo tripé Educação, Ciencia e Tecnologia.

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